domingo, 23 de maio de 2010

As Revistas na Web



De acordo com dados da Aner - Associação Nacional dos Editores de Revistas, percebe-se que o mercado brasileiro de revistas que revive um momento positivo, com muitos lançamentos nacionais e licenciamentos de diversos títulos estrangeiros, apesar, e talvez mesmo, do meio online. Nascidas há mais de 400anos, as revistas deixaram de ser meros passatempos e cadernos de notas informativas convencionais e passaram a ser um espelho da sociedade moderna que, com o avanço da tecnologia e o surgimento de novas mídias, tem acesso a novas ferramentas para adquirir notícias e conteúdo geral que lhe interessa. Elas deixaram de lado suas velhas receitas que hoje, no mundo interativo, poderiam ser consideradas jurássicas, e ganharam uma nova postura, ousada e eficiente, que integra o leitor a um universo convergente de informação e comunicação.

As revistas eletrônicas (ou wannabes, como intitula o ator e comunicador Marcelo Tas) furaram as barreiras do convencional do papel e tinta e passaram a adotar um novo conceito, convencendo as pessoas a abandonar sua preferência por virar as páginas com suas próprias mãos. Além disso, o mundo digital vem se estruturando e especializando muito rápido, o que proporciona novas possibilidades para o leitor que busca, cada vez mais, uma publicação que se comunique com ele no nível que deseja. E é aí que entra a convergência digital que marca este século XXI como o século da revolução tecnológica. As revistas digitais são um reflexo dessa revolução tecnológica que trouxe possibilidades de comunicação, aprendizagem e negócios necessários para a sociedade trilhar novos caminhos para seu desenvolvimento e para as relações sociais.

Como resultado da nova demanda da população, a informação precisa ser transmitida mesmo que seja no universo online e a mídia precisa se digitalizar, mesmo que os veículos impressos não sejam extintos. Ela surgiu não só pela busca da adaptação à novas tendências, viabilidade de consumo e ganhos financeiros com a informação online. Antes de qualquer coisa, ela é fruto de pesquisas e análises da mídia impressos, de produtos digitais e das vantagens que a cibercultura dispõe. Ela chegou com diversas ferramentas disponíveis e também com grandes anseios, uma incrível fome por novidades, e por isso deve estar sempre preparada para satisfazer essas necessidades que despertam a atenção do leitor.

Por isso mesmo, uma revista digital apresenta formato e linguagem diferenciados, utilizando uma identidade visual jovem e moderna indispensável no uso de tecnologia e das ferramentas adicionais para alcançar e interagir com o internauta (como sons, animação, álbum de fotos digitais, etc). Apesar de não marcarem ainda o fim das publicações impresas com as quais estão co-existindo, as edições online hoje confirmam apenas uma nova tendência das editoras de lançar mão das novas tecnologias para talvez, num futuro mais próximo do que se supõe, substituir o papel. E hoje há uma busca intensa de ampliação de conteúdo na internet, com sites de praticamente todas as publicações, um processo de transposição de vários títulos para o meio online que ganhou a adesão, em sua maioria, de grandes e variados grupos de mídia como a Abril, a Editora Peixes, a Alto Astral, Editora Bregantini, Globo e Três.

Essa transposição das edições impressas para as edições online nas revistas também são um reflexo natural dos crescentes investimentos dos anunciantes em suportes digitais. E, por isso mesmo, sua qualidade não deixa nada a desejar às impressas já que continuam mantendo o nível do conteúdo explorado em suas edições, mas, sem sobra de dúvidas, tornam-se mais próximas do seu público-alvo quando abrem novos canais para a comunicação e possibilitam a redução de censuras culturais, como fóruns, chats, comunidades em redes sociais, etc.

(CONSIDERAÇÕES FINAIS DO ARTIGO - Comunicação digital: O panorama das revistas online)