quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Gestão de mídias sociais no panorama corporativo



O novo milênio trouxe um avanço tecnológico tendo como fator fundamental para uma nova evolução da sociedade mundial a disseminação da internet. Comunicar-se utilizando qualquer meio digital se tornou uma realidade em todo o mundo, uma vez que as ferramentas disponíveis na web diminuem os conceitos de distância física, geográfica e intima as pessoas.

Através de e-mail, celular, podcats, blogs, sites de notícias e de relacionamentos, a sociedade transforma-se em um novo tipo de nação: a do ciberespaço, que busca informação direcionada e específica para suas necessidades imediatas. É dentro dessa nova realidade que as empresas buscam novas estratégias de manutenção e expansão das marcas, adequando-se a nova lei organizacional vigente no universo 2.0 e, ao mesmo tempo, as suas políticas corporativas.

Para Paulo Nassar, as políticas e ações empresariais nos dias de hoje precisam envolver novos valores, processos e atividades que integram um grande número de protagonistas para atingir os efeitos necessários e desejados por uma organização. Esta nova realidade é uma consequência das mudanças de ambientes que as empresas tiveram que encarar frente à revolução digital ocorrida em meados do século XX, período em que “predominava o protecionismo econômico e o amordaçamento político”.

A partir dos anos 90, as empresas tiveram que se adequar ao conceito de se comunicar com seus públicos como uma estratégia para ampliar e fortalecer suas ações. Segundo Nassar, “essas novas mídias digitais se caracterizam por grande abrangência, alta interatividade e velocidade, intervenção no debate social, além de sua utilização por não especialistas, como produtores de conteúdos e acontecimentos midiáticos” (apud Massimo Di Felice In Do Público para as Redes). Isto porque a internet interliga os indivíduos e os possibilita forma o seu próprio habitat de comunicação, sem mediadores, que gera uma produção de conteúdos e, por conseqüência, proporcionam uma nova audiência e novos meios de comunicação.

Esses sistemas hipermidiáticos, batizados de redes sociais e fundamentadas na ativação da comunicação pela própria sociedade, cria uma cultura generalizada de colaboração que caracteriza a própria web 2.0. Ela é representada por agrupamentos sociais que geram novas formas de conversação e identificação entre as pessoas por meio da busca de interesses comuns: relacionamentos afetivos, familiares, profissionais, ou comerciais, conforme aponta Ana Cláudia Oliveira (apud Alex Primo In Comunicação e Interações):

"As mídias se tornaram a grande tela da visibilidade das interações contemporâneas. De um lado, a relação comunicativa que tem nela lugar é integrada pelos destinadores, os grupos econômicos detentores das mídias, das marcas, as grandes instituições, o estado e a igreja. De outro, a integram os destinatários formados pela audiência massiva, pelo público-alvo, público segmentado" (2008:27)

Desta forma, os investimentos contínuos e estratégicos em comunicação empresarial e nas mídias sociais, integraram-se ao composto de marketing revertendo a forma de se comunicar com os stakeholders e promover os bens e serviços das empresas. As organizações podem utilizar esses instrumentos bidirecionais por várias razões e, na medida do possível (mediante um planejamento estratégico eficiente e mensuração constante do seu processo e resultado, atingem os objetivos previstos).

Observa-se, assim, que as redes sociais permitem que cidadãos tenham acesso à distribuição de mensagens a públicos que não poderiam ser alcançados através da comunicação presencial ou de meios convencionais. Elas consistem numa plataforma onde é possível entender quem são seus públicos-alvo com uma profundidade jamais vista antes pelas corporações. Desta forma, as empresas perceberam que ficar de fora pode ser também um grande risco de perder visibilidade, em meio aos impactos de tantas marcas vigentes, atualmente.

Chega-se, então, a conclusão de que o uso das redes sociais é viável e imprescindível para as corporações, na era da tecnologia. No mundo da Geração Y, o ambiente virtual gera novos comportamentos, revoluciona modos de viver, cria demandas coletivas, as quais só puderam ocorrer devido ao seu alto grau de interação.

Sendo assim, as empresas que não fortalecerem o relacionamento com seus públicos e não reforçarem a imagem das suas marcas, serviços e bens, através dos apelos da cibercultura, podem estar fadadas ao desaparecimento. Dentro do conceito de imediatismo, as organizações devem se manter atualizadas e correr atrás de estratégias que, no momento vigente, sejam essenciais para a existência da corporação, tornando-a sempre visível ao público-alvo.

(RESUMO DE ARTIGO - Gestão de mídias sociais no panorama corporativo)