quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Revistas de comportamento: O universo masculino


É difícil determinar, exatamente, qual a primeira publicação e a evolução histórica mundial do que se conhece por imprensa masculina. Entretanto, pode-se supor que os primeiros periódicos dirigiam-se em especial ao público masculino. Isto porque na época em que apareceram os primeiros veículos impressos, não era de muito bom tom que as mulheres lessem muito a respeito do que acontecia no mundo, pois não lhes era recomendado interferir em assuntos que, em geral, só diziam respeito aos homens. Muitas vezes, às mulheres só cabia tomar conhecimento do que seus pais ou maridos lhes permitissem.

Mas, o primeiro indício direto de uma imprensa essencialmente masculina data de 1731, quando Edward Cave iniciou a publicação do Magazine de Cavalheiros (que sobreviveu durante 208 anos), seguindo o modelo do simplório Jornal de Cavalheiros (1692), cuja existência foi quase irrelevante. Logo em seguida, surgiram vários periódicos destinados apenas aos homens.


No entanto, o marco da história da imprensa masculina foi, com certeza, a Playboy. Idealizada por, Hugh Hefner, um ex-jornalista da Esquire e do Children’s Activities, a revista se mostrou um sucesso, desde a primeira edição, quando os quase 54 mil exemplares foram esgotados rapidamente. Com muito bom gosto, ela uniu sensualidade, sua marca registrada e informações de boa qualidade sobre assuntos variados.


Surgida em função da leitura de uma obra de Kinsey (Sexual Behavior in the Human Male) — quando Hefner ainda estudava na Universidade de Illinois — a publicação inicial de Playboy custou mais de US$ 10 mil (dez mil dólares). Para conquistar esse sonho, ele penhorou seus móveis e arrecadou o restante do dinheiro junto a amigos, que participaram do ambicioso projeto. Assim, em 1953, chegou às bancas dos Estados Unidos a primeira edição da revista, composta de nus de Marilyn Monroe (então no ápice da carreira), que haviam figurado em um calendário cujos direitos ele adquirira.

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